sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Resenhagem Of Book #1



Olá pessoal, então como vocês sabem hoje é a minha primeira resenha aqui, e eu estou muito contente com isso, me esforcei muito pra fazer algo realmente bom, e que desperte interesse para a leitura desse livro, já que como eu disse anteriormente, esse post não conterá spoiled. E o livro de hoje é: Eu Estive Aqui, da Gayle Forman. 
Eu já venho há muito tempo querendo ler uma obra da Gayle, e isso é em razão de que há um tempo atrás eu assisti um filme com a minha amiga, que se chamava Se Eu Ficar (muitos devem conhecer) e logo quando vi que o filme começou, percebi que era baseado em um livro. Não posso me conter em dizer que eu AMEI esse filme, super lindo, emocionante e imaginei "Se o filme é assim, imagina o livro?!". Então logo que o filme acabou iniciei uma busca quase que desesperada, digamos a sim, por títulos da Gayle Forman. Encontrei o Se Eu Ficar, e logo me interessei pela sinopse, e assim, fiz questão de incluí-lo na minha listinha de livro que eu compraria na bienal.


***

Se Eu Ficar é o segundo livro que eu li no qual o tema central é um suicídio, o primeiro foi Carta De Amor Aos Mortos (livro muito, muito bom por sinal, uma ótima sugestão de resenha, o que acham?). E eu não arrependi em ler esse livro, já que contém uma narrativa incrível e uma história totalmente misteriosa e intrigante. 




A história apresenta Cody, que possui uma amiga de infância e atual melhor amiga, que se chamava Meg. As duas elaboravam todo um futuro juntas, queriam ir para a mesma faculdade e viviam sonhando com o dia em que sairiam da sua pequena cidade natal e poderiam desfrutar tudo o que o mundo pudesse oferecer. Meg prontamente recebe uma bolsa integral para a universidade que as duas pretendiam ir, Cody também é aceita, porém sua mãe se recusa a arcar com as demais despesas que eventualmente teriam, como suponho eu, alojamento, livros e etc. Isso faz com que as duas sigam caminho diferentes. Meg com uma vida universitária toda pela frente, e Cody que é obrigada a permanecer presa em sua cidade natal, confinada a fazer faxinas para se sustentar.
Triste a história, não parece? Mas informo ao leitor que uma grande reviravolta acontece após Cody receber um email de Meg informando que havia se suicidado. O  mundo de Cody obviamente desaba. Sua melhor amiga havia partido, e ela não sabia nem sequer o porquê disso. Os pais de Meg pedem para que Cody vá a Tacoma, onde a amiga fazia faculdade, para juntar os seus pertences. Lá ela se depara com uma situação totalmente inesperada, o que ela pensava que havia acontecido não chegava nem aos pés da verdadeira realidade. Lá na República onde Meg morava ela conheceu as pessoas que residiam com ela, e também conheceu Ben McCallister, um guitarrista de uma banda, e um gato, na minha opinião, (me lembrei do Louis Tomlison quando eu vi as características do Ben, gostei de ver esse personagem dessa forma) que se envolveu com Meg, e lhe partiu o seu coração. Cody prontamente desconta toda a sua raiva em Ben, pensando que ele seria o principal e único culpado pela morte de Meg... Como Cody realmente achava isso, ela até citou uma coisa que eu achei meio cômica. "Ele comeu Meg e a jogou fora e agora que ela morreu, está sendo arrependido e tentando ser bonzinho comigo para compensar."
Cody retorna para a sua cidade e vai para a casa dos pais de Meg, e lhe entrega os pertences da amiga, incluindo o seu notebook, porém os pais de Meg resolvem dar para Cody, o notebook da filha.
Após isso Cody descobre um arquivo criptografado, no notebook da amiga e após a ajuda de um colega de república de Meg, para abrir o tal arquivo, ela descobre nele coisas sobre a sua amiga que ela não poderia nem imaginar, e acaba por entrar em uma busca concreta para saber quem é o realmente culpado por sua morte, e a medida que ela vai descobrindo essas pistas com a ajuda até do próprio Ben, e dos antigos colegas de república de Meg, ela passa a conhecer o que realmente Meg era, e o que verdadeiramente se passava em sua vida.
Cody realmente amava a sua amiga, e se culpava por não saber o que ela realmente estava passando, ela pensava que poderia ter feito mais, poderia ter se importado mais, e esse arrependimento era algo que lhe atormentava. Ela tentava transferir essa culpa para alguém, tentava uma solução para algo que não tinha. O que ela não enxergava era que Meg se matou, e se matou porque quis, ninguém a obrigou a fazer isso. Isso não era culpa de Cody, e muito menos Ben, foi a escolha de Meg, e ela escolheu a morte.
Cody demora muito tempo para perceber essas coisas, e o que mais me chamou atenção nesse livro, foi algo que me lembrou algumas questões abordadas pelo o livro Cidades De Papel, do John Green (um dos meus livros preferidos), que é a seguinte: Por mais que você ame uma pessoa, e participe da vida dela, e ache que a conhece tão bem quanto ninguém jamais a conheceria, isso não é verdade, ou raramente até é. É muito raro conhecer exatamente o que uma pessoa é e o que ela sente, mas não digo que é impossível, existe uma coisa chamada desvendar uma pessoa, e foi o que aconteceu com Cody após a morte de Meg, assim como aconteceu com Quentin após o sumiço de Margo (referência ao livro cidades de papel). Cody só conseguiu desvendar Meg após a sua morte, mas isso não signifique que só é possível conhecer uma pessoa após ela desaparecer. Não é nada disso, o que eu quero dizer é que as pessoas existem, e também existe várias versões dela, a versão que os pais dela conhecem, a versão que os amigos conhecem, e a versão que agrega todas essas e mais algumas que você jamais imaginaria conhecer. É algo oculto, algo que as pessoas muitas vezes não mostram por receio que não seja compreendida, ou até aceitas, mas não é verdade, se você gosta realmente de alguém você aceita e deve procurar ao máximo conhecê-lá, respeitando é claro, os seus limites. Essa é a verdadeira essência, e a principal mensagem desse livro pra mim. Faça o que tiver que fazer por alguém quando essa pessoa estiver viva, conheça-a, compreenda-a, ame-a e a respeite.
Quando Cody enfim entende isso, e conhece por fim a verdadeira essência da amiga, ela permite se perdoar, porque ela sabe que poderia ter feito mais e não fez, mas ela se perdoa, porque perdoar também é uma lição desse livro. 

***

Enfim pessoal, espero que tenham gostado dessa resenha, tanto quanto eu gostei desse livro, e super recomendo, e mal posso esperar pra ler Pra Onde Ela Foi, outra obra da Gayle Forman. 
Obs: Todas as informações contidas na resenha estão na capa do livro, então são informações permitidas ao me ver.
Com muito amor e dedicação.
- V




2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Faz tempo que eu conheço a Gayle. Eu ainda não tive a oportunidade de ler esse livro, mas gosto muito a escrita da autora e Eu Estive Aqui tem uma temática muito interessante. Que possamos aproveitar e prestar mais atenção nas pessoas ao nosso redor.

    http://navegandomundos.com

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